segunda-feira, 28 de março de 2011

Sagrado...Segredo...

Para Nina e para Jean
O meu amor é sagrado,
É rito diuturno da Vida Crescente...
E da lua do primeiro quarto crescente de Maio..
Ou mesmo da lua nova e linda de Maio...
São segredos as faces de meu amor..
São também espelho cristalino,
Embora ainda coberto por um véu de renascença ou de labirinto Cearence...
O meu amor se move como as montanhas desesperadas em ebulição vulcânica...
O meu amor não avisa quando chega,
O meu amor não tem tempo, não faz tempo...
Porque o meu amor vive no mar, dorme e canta no mar...
O meu amor tem os olhos do mar,
A canção do mar e a dança do Mar....
Uma ciranda num círculo lento, leve...E embriagante...
E eterno...
Bahia, Março...2011...
Tempo de Espera...
Tempo de cansaço..
Tempo de esperança..
...E tempo de Amor.

domingo, 1 de agosto de 2010

Cumpre-nos informar!

Cumpre-nos informar
Que não podemos esperar mais...
Porque a felicidade está a nossa espera, em alcance muito curto.
Que precisamos correr,
Porque muito tempo já passou sem que ríssemos o riso procurado,
Sem que pisássemos o chão tão desejado,
E sem que sonhássemos os sonhos de todos os dias...
Ali tã perto...
Cumpre-nos viver, com força, com certeza, com delícia de uma manhã clara, nitidamente clara..
Cabe-nos não mais nos enganar...E não lhes enganar...
Cabe a verdade, Sempre a verdade.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Tempo de precisão

Uma rede..
Descanso na chuva, no sereno, no cheiro úmido da terra e do inverno desejado..
E um bom livro,
Um livro despretensioso, um livro simples, de amigo, de amor que que voltou pra nos encher de vida, de alma nova..
Um sono de sonhos doces, de correntezas brandas e um belo barco a nos levar..para perto, para casa do amigo esperado, para o café qunte no bule de ágata verde, com copinhos coloridos e delicados, também de ágata..
Uma conversa boa, tranquila e saudosa..
Um rebento a correr no quintal e gritar a se perder de vista..
Águas de rio para um banho doce...
Fartura..
Simples sentido...

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Coisas dos Outros...Do nosso Vinícius.

Os acrobatas

Subamos!
Subamos acima
Subamos além, subamos
Acima do além, subamos!
Com a posse fisica dos braços
Inelutavelmente galgaremos
O grande mar de estrelas
Através de milênios de luz.

Subamos!
Como dois atletas
O rosto petrificado
No pálido sorriso do esforço
Subamos acima
Com a posse física dos braços
E os músculos desmesurados
Na calma convulsa da ascensão.

Oh, acima
Mais longe que tudo
Além, mais longe que acima do além!
Como dois acrobatas
Subamos, lentíssimos
Lá onde o infinito
De tão infinito
Nem mais nome tem
Subamos!

Tensos
Pela corda luminosa
Que pende invisível
E cujos nós são astros
Queimando nas mãos
Subamos à tona
Do grande mar de estrelas
Onde dorme a noite
Subamos!

Tu e eu, herméticos
As nádegas duras
A carótida nodosa
Na fibra do pescoço
Os pés agudos em ponta.

Como no espasmo.

E quando
Lá, acima
Além, mais longe que acima do além
Adiante do véu de Betelgeuse
Depois do país de Altair
Sobre o cérebro de Deus

Num último impulso
Libertados do espírito
Despojados da carne
Nós nos possuiremos.

E morreremos
Morreremos alto, imensamente
IMENSAMENTE ALTO.

Vinícius de Moraes

domingo, 14 de setembro de 2008

Eu queria..

Voltar para os lugares onde nunca fui, mas onde sempre quis estar.
Beber todos os porres que sempre quis...sem dirigir, é claro :) :) :)
Cantar, desafinar até...mas cantar todas as músicas, até as que ensaiávamos e nunca dava certo cantar.
Beijar todas as bocas que sempre quis beijar.
Dormir com todas as noites e quereres que sempre quis e cantei e olhei profundo.
E viver, e viver...
E viver.
E perdoar, e poder sorrir de novo com aqueles que me feriram.
Sem dor, sem raiva, sem medo..
Sem segredo...
Eu queria viver sem segredo.